segunda-feira, 27 de outubro de 2008

rte e Identidade Cultural na Construção de uma Escola Solidária em cipotanea

Arte e Identidade Cultural na Construção de uma Escola Solidária.

Não é possível deixar de lembrar Paul Valery quando, sobre a natureza da arte, dizia de um «prazer por vezes tão profundo que nos leva a supor que temos um entendimento directo do objecto que o provoca; prazer que desperta a inteligência, desafia-a e faz com que ame a sua derrota; ainda mais, um prazer que pode estimular a estranha necessidade de produzir ou reproduzir a coisa, o facto, o objecto ou o estado a que parece estar ligada, e que se torna, então, em fonte de actividade sem qualquer fim definido, capaz de impor uma disciplina, um zelo, um tormento sobre toda uma vida, de encher esta vida, por vezes exageradamente».
Urge a reinvenção do mundo através da arte. Segundo Nietzsche, só a arte tem o poder de produzir representações da existência que nos possibilitam viver. (1) Já Kolakowski afirma ser "a arte um modo de perdoar a maldade e o caos do mundo". Segundo ele a "arte organiza as percepções do mau e do caótico, introduz uma nova conception. POrtanto fazo um apelo para este relevante ponto.

Um comentário:

caetano trindade disse...

Alto Rio doce
Minas Gerais - MG
Histórico
A zona banhada pelo rio Xopotó era habitada pelas tribos indígenas Croatás e Puris, de
origem tupi. Difícil é saber-se qual o primeiro explorador ou os primeiros aventureiros que se
penetraram nos sertões do Xopotó.
Pode-se afirmar que o fundador de S. José do Xopotó, quando fixou residência na
sesmaria que lhe foi doada, encontrou como moradores da região: Joaquim Pereira de Sá,
Antônio Pereira da Rocha, José da Rocha e Souza e Manoel Gomes Campos, este o contratador
da mineração, da qual o fundador de São José do Xopotó, José Alves Maciel, foi nomeado caixa.
Em 1698 estavas a Itaverava descoberta. Em 1704, João Siqueira Affonso descobre as
minas do Guarapiranga, origem da atual cidade do Piranga. Partem destes dois pontos e nos
limites destas duas datas os primeiros exploradores dos vales do Xopotó. Os bandeirantes do
Itaverava, em conquista à região do Xopotó, dividiam-se em grupos, para novamente se reunirem
em certo e determinado ponto, onde esperavam uns pelos outros e este local ficou conhecido
pelo nome de Espera (distrito de Nossa Senhora da Piedade da Boa Esperança, hoje rio Espera.
Além da padroeira, tinham ainda estes bandeirantes, como patrono, o Senhor Bom Jesus da
Paciência.
O alferes Francisco Soares Maciel, chefiando uma bandeira, desce o rio Espera e, na barra
deste com o Xopotó, a 7 de agosto de 1711, dia de S. Caetano, lança as bases do arraial de S.
Caetano do Xopotó, celebrando a primeira missa o capelão da comitiva, Padre Cabrita
(chamava-se João Martins Cabrita, mais tarde cônego doutoral da Sé de Mariana, lugar que
renunciou pela vigaria colada de Guarapiranga). E, assim, foram conquistadores e exploradores
se estabelecendo na zona banhada pelo Xopotó. Logo depois Antônio Rodrigues descobre as
terras denominadas Embrejaúbas, assim chamadas por serem regadas pelo rio do mesmo nome,
afluente do Xopotó.
Em 1759 estabeleceram-se nas margens do Xopotó, bem perto da atual cidade Alto Rio
Doce, José Alves Maciel e sua mulher, D. Vicência Maria de Oliveira.
Chama-se o local da residência de Maciel, “Xopotó Acima”, segundo a procuração que
lhe foi passada por sua mulher, com poderes para fazer doação de bens à capela de São José,
mandato assinado pela doadora, o que é notável para a época. Mais tarde, a fazenda de Maciel
passou a denominar-se "Fundão" e depois de construída a capela foi chamada “Sítio de São
José”. Posteriormente passou a denominar-se “Contrato”, nome que ainda hoje conserva, e assim
ficou conhecida pelo fato de ter a fazenda, em 5 de março de 1792, passado à propriedade do
Tenente-coronel José Ferreira Marques, contratador das estradas no caminho novo das Minas
Gerais. É, pois, a fazenda do Contrato o berço da atual cidade de Alto do Rio Doce.
Residia, pois, o fundador de S. José do Xopotó nas proximidades do rio do mesmo nome.
Sua casa devia ser mais ou menos no lugar atualmente conhecido pelo nome de Barra. Ali se
encontram ainda vestígios da primeira ponte sobre o Xopotó e da estrada que se dirigia para
Mercês e Pomba.
Em 19 de março, estando a diocese de Mariana em sede vacante e governada pelo Vigário
Capitular Dr. Alexandre Nunes Cardoso, reinando José e dirigindo os destinos da Capitania o
General Luiz Diogo Lobo da Silva, exercendo as funções de Vigário da Freguesia o Dr. Amaro
Gomes de Oliveira, nas terras de sua propriedade, José Alves Maciel, já alferes, e sua mulher, D.
Vicência Maria de Oliveira, fundam no alto de um morro que denominam “seco”, uma modesta
capela consagrada a S. José e por escrita particular fazem-lhe doação de terras para seu
patrimônio.
Data de 1820 o desenvolvimento da povoação. Resolveram os moradores construir nova
capela, e o fizeram no local em que está hoje edificada a matriz, porém, com a porta voltada para
os lados do nascente.
Em 14 de agosto de 1927, no local da primeira capela, foi pelo Padre Agostinho Resende
de Assunção celebrada uma missa campal e solenemente inaugurado um marco de pedra, lendose
em mármore a inscrição seguinte “Neste local, em 19-3-1764, os doadores do patrimônio de
S.
José do Xopotó, Alferes José Alves Maciel e sua mulher D. Vicência Maria de Oliveira, erigiram
a primeira capela origem da atual cidade de Alto Rio Doce”.
O alferes José Alves Maciel era natural da cidade de Pôrto, Portugal, conforme se verifica
nos livros de assentos de batismo da capela de S. José, sendo um deles o de número um, às
folhas
8 e verso, no assento referente à Eufrazia; filha legítima de José Inácio de Souza e Maria
Joaquina Alves de Jesus.
Possuía o alferes José Alves Maciel nome idêntico ao do Capitão-mor José Maciel, pai do
inconfidente mineiro Dr. José Alves Maciel; não podemos afirmar se eram parentes colaterais. O
fundador de S. José do Xopotó alienou suas propriedades justamente no ano em que os bens do
inconfidentes eram confiscados. A sua Posição de caixa de contrato de mineração fatalmente o
fez ter relações com Tiradentes, pois este freqüentava muito
aquela zona e perto, no arraial do Destêrro do Melo, teve casa própria há pouco demolida pelos
herdeiros de Francisco Dias Ferraz.
No período imperial teve São José do Xopotó a sua primeira escola pública, criada pela
Lei nº 28, de junho de 1831. Pelo Decreto nº 26, de 7 de março de 1890, assinado pelo Dr. João
Pinheiro da Silva, foi instituído o município de São José do Xopotó e a sede elevada a vila, com
o nome de Alto Rio Doce.
Gentílico: altoriodocense
Formação Administrativa
Freguesia com a denominação de São José do Chapetó, pelo decreto de 14-07-1832 e
pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Alto Rio Doce, pelo decreto estadual
nº 26, de 07-03-1890, desmembrado de Piranga. Sede na antiga povoação de São José do
Chapecó.
Constituído de 3 distritos: Alto Rio Doce (ex-São José do Chapetó), Dores do Turvo e São
Caetano do Chorotó. Instalado em 30-08-1890.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Ato Rio Doce, pela lei estadual nº
23, de 25-05-1892.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3
distritos: Alto do Rio Doce, Dores do Turvo e São Caetano do Chorotó.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, Alto do Rio Doce, adquiriu do município de
Barbacena o distrito de São Domingos de Monte Alegre.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4
distritos: Alto Rio Doce, Dores do Turvo, São Caetano do Chorotó e São Domingos do Monte
Alegre.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, é criado o distrito de Abreu e anexado
ao município de Alto Rio Doce. Sob a mesma lei supracitada desmembra do município de Alto
Rio Doce o distrito de Dores do Turvo, para formar o novo município de Senador Firmino (ex-
Conceição de Turvo). E, ainda o distrito de São Caetano do Chorotó passou a chamar-se
Cipotânea e São Domingo de Monte Alegre tomou a denominação de São Domingos.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4
distritos: Alto do Rio Doce, Abreu, Cipotânea (ex-São Caetano Chopotó) e são Domingos (ex-
São Domingos do Monte Alegre).
Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de São Domingos passou a
chamar-se Missionário.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4
distritos: Alto do Rio Doce, Abreu, Cipotânea e Missionário (ex-São Domingos).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.
Pela lei estadual nº 1039, de 12-12-1953, desmembra do município de Alto Rio Doce o
distrito de Cipotânea. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada I-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Alto
do Rio Doce, Abreu e Missionária.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, é criado o distrito de Vitorinos e anexado ao
município do Alto Rio Doce.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos:
Alto Rio Doce, Abreu, Missionário e Vitorinos.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica distrital
São José do Chapetó para Alto Rio Doce, alterado pelo decreto estadual nº 26, de 07-03-1890.
Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXIV ano 1958.